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No setor de vestuário, cenário é otimista para os próximos meses

O setor de vestuário e confecções, que sofreu muito durante a pandemia, vem aos poucos dando sinais e mostras de recuperação. Da mesma forma que o comércio, que teve crescimento de 9% nos primeiros cinco meses de 2021, conforme reportagem do Jornal de Beltrão de quinta-feira, 8, a indústria de confecções começa a vislumbrar no horizonte perspectivas otimistas para os próximos meses. Porém, segundo Solange Stein, secretária do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Sudoeste do Paraná (Sinvespar), não é possível avaliar de quanto deve ser o crescimento. “Não há como fazer uma comparação com 2020, um ano totalmente atípico. Vamos acompanhar a economia para ver o que vai acontecer, mas não vejo nada de extraordinário”, diz.

Mais vacinados, mais consumo
Luiz Krindges, presidente do Sinvespar, avalia que quanto maior o número de pessoas vacinadas contra a Covid-19, mais deve aumentar o consumo, porque as pessoas estão com a necessidade de sair, seja em função do trabalho, seja em função do lazer. “Quando tiver todo mundo imunizado, nossa capacidade instalada não vai ser capaz de atender a todos da noite pro dia. Não teve mais festa, o consumo caiu, a moda muda e sempre tem tecidos novos sendo lançados”, avalia. Ele diz estar muito otimista para os próximos 12 meses. “O mundo vai produzir mais vacinas do que vamos precisar e isso vai se refletir no mercado com a volta das vendas e a retomada da nossa economia”, prevê.

Baixa demanda
Os meses de maio e junho de 2021 foram os de menor movimento, de acordo com Solange. Ela diz que esse período é considerado a ‘entressafra’ do setor do vestuário, “porque já vendemos e entregamos a coleção de inverno e estamos começando a vender a primavera-verão”, diz. Ela informa também que é preciso entender as características de produção e de comercialização dos produtos em cada uma das regiões do estado. “No Sudoeste, predomina a venda por coleção via representação comercial. Mais de 70% dos produtos são escoados neste modelo, e 90% são de roupas masculinas, com destaques para o jeans e o tecido plano, com calças e camisas.”

Jeans se manteve
Como deixaram de ser realizados os eventos e festas e muitas pessoas ainda estão trabalhando no modelo de home office, as linhas sociais, principalmente de calças e camisas masculinas, estão com baixa demanda. Em contrapartida, o jeans, utilizado quase que diariamente, tem se mantido. “Um setor que teve aumento nas vendas foi o de cama, mesa e banho, porque as pessoas ficaram mais em casa e aproveitaram para fazer as trocas de enxovais”, diz.Solange revela que algumas empresas que são especializadas em um tipo de produção foram mais penalizadas. “Empresas que produzem uniformes escolares e que investiram pesado, sofreram bastante nesse período”, conta. O mês de maio, segundo ela, é o ‘segundo Natal’ para o comércio varejista, em função do Dia das Mães. O Dia dos Pais, em agosto, também deve registrar boas vendas. “As empresas estão com melhores vendas e entregas do que no mesmo período do ano passado. Em maio tivemos um bom impulso nas vendas do varejo de todos os produtos da cadeia têxtil”, diz.

Poucos fechamentos
Ela informa que, desde março de 2020, quando teve início o período de pandemia, poucas indústrias encerraram suas atividades e que o segmento começou a ter problemas graves ainda no ano de 2015. “O pico dos problemas foi em 2016, quando algumas empresas encerraram suas atividades no setor, por decisão dos empresários ou mesmo falência. Para quem se ajustou neste período de pandemia, surgiram outras oportunidades.”

Reinvenção do setor
Muitos dos empresários se reinventaram durante o período da pandemia, o que segundo Solange, foi surpreendente. “O Sudoeste foi exemplo no Paraná. No Estado, todas as regiões produtoras fecharam mais de cinco mil vagas em 2020, enquanto que aqui fechamos apenas 9% de todo o montante. No pico da pandemia conseguimos manter 3,5 mil empregos somente em produtos voltados para a área da saúde”, comemora. Em maio de 2020 eram mais de 60 empresas produzindo para abastecer o mercado nacional. “Algumas mantiveram esse tipo de atividade em paralelo, expandiram e continuam vendendo para todo o País.”

Empregos mantidos
O número de empregos diretos tem se mantido no Sudoeste desde o ano de 2010, entre 7.500 e 8.300 no setor de confecções, porém houve uma forte queda em função da crise no segmento no ano de 2016. Foram quase dois anos para que os números voltassem a subir. “Fechamos o ano de 2019 com 7.936 empregos diretos formais. Este número tem se sustentado e a movimentação maior tem sido a partir de agosto porque é o período forte da produção das coleções primavera-verão”, esclarece. O setor deve fechar o ano com o número empregos diretos mantidos.

Fonte: Rodrigo Accordi/Jornal de Beltrão – Foto: Assessoria

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