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Brasil tem 15 mil vítimas de WhatsApp clonado por dia

No início do mês, um idoso de 78 anos sofreu um golpe pelo aplicativo de WhatsApp. O estelionatário havia se identificado como sua neta e solicitado dinheiro para fazer a compra de uma cadeira odontológica.

A vítima efetuou três depósitos financeiros: um de R$ 4.900, outro de R$ 5.000 e mais um de R$ 9.000, em nome de um homem. Todos os depósitos foram realizados para a mesma conta bancária. Após efetuar os três depósitos, o estelionatário ainda solicitou mais dinheiro, foi quando a vítima percebeu ter caído em um golpe.

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Uma pesquisa realizada em 2019 pela PSafe, empresa especializada em segurança digital, revelou que 8,5 milhões de brasileiros já sofreram o golpe da clonagem de WhatsApp. Ainda segundo a pesquisa, 26,7% dos entrevistados apontaram o vazamento de conversas privadas como o principal prejuízo da clonagem de WhatsApp, seguido de envio de links com golpes para outros contatos (26,6%); solicitações de dinheiro aos amigos (18,2%), perda da conta do WhatsApp (18,0%); e chantagem (10,5%).

O laboratório especializado em segurança digital da PSafe fez um levantamento sobre o cenário da cibersegurança no Brasil referente a setembro de 2020. A análise projetou que mais de 473 mil brasileiros tenham sido vítimas do golpe de Clonagem de WhatsApp, somente no último mês, uma média de mais de 15 mil vítimas do golpe por dia. Em comparação ao mês anterior, o número de vítimas da Clonagem de WhatsApp foi 25% maior.

O delegado-chefe da 19ª SDP de Francisco Beltrão, Ricardo Moraes Faria dos Santos, salienta que é cada vez maior o número de pessoas de má índole que utilizam a internet para aplicar golpes.

“Nós estamos registrando aqui na Polícia Civil e também na Polícia Militar um número considerável de delitos ocorridos por meio da internet. A gente reforça o pedido pra população tomar cuidado quando for acionar esses equipamentos [celulares], esses mecanismos [aplicativos], que sempre que alguém pedir transferência de valores ou negociação de veículos que sempre tome cuidado.”

Ele cita que um golpe que está se tornando muito comum na região é o do WhatsApp clonado. Como ocorreu com o idoso no início desta matéria. Normalmente o golpista irá se passar por um conhecido, um familiar ou amigo.

“Se chegar alguma mensagem do tipo ‘preciso com urgência tal valor’ tente entrar em contato, conversar pessoalmente com a pessoa que supostamente está pedindo dinheiro pra ver se realmente é seu amigo ou, o que é mais provável, que seja um golpista querendo ganhar um dinheiro fácil.”

“Evite fazer transferência de dinheiro para conta de outra pessoa, que não seja aquela com quem você está negociando, que você viu, que você está junto, para ir no cartório fazer a transferência do veículo, porque geralmente quando tem um intermediador, não raro as duas partes, tanto a que tinha o veículo como a que depositou o dinheiro, são vítimas”, alerta o delegado Ricardo. O intermediador é o único que sai no lucro e é o golpista propriamente dito.

Pix também é alvo de golpistaCom a novidade do Pix — meio de pagamento eletrônico implantado pelo Banco Central — sendo implantada pelos bancos, novamente, aproveitadores estão usando o mecanismo para aplicar golpes.
“Não tem chave do Pix que você faz pelo celular, se você quer fazer a chave procure seu banco, procure a sua agência, veja o site oficial do banco. Não passe seus dados pra pessoas que ligam e dizem que são das agências bancárias. Procure os canais oficiais para cadastro da chave Pix para não cair em golpes.”

O delegado Ricardo reforça ainda que cautela nunca é demais. As pessoas nunca devem passar a senha do celular, senha de contas e demais dados pessoais para outras pessoas.

“É bem comum também os golpistas solicitarem ‘estou mandando um código e eu preciso que você me passe o código’, geralmente esse código é o que eles precisam para acessar seu WhatsApp, sua rede social, sua conta do banco, são cautelas que nós pedimos e reforçamos à população.”

Fonte e foto: Niomar Pereira/Jornal de Beltrão

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