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1 de dezembro de 2024 12:57

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Samu completa dez anos com mais de 200 mil atendimentos na região

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Julio Cesar Alves

Mais de 500 mil ligações, cerca de 240 mil atendimentos no local e 19 ambulâncias distribuídas na região, prontas para qualquer tipo de urgência. Esse é um panorama que ilustra a atuação do Samu nestes dez anos de implantação: desde que passou a operar, na madrugada de 21 de fevereiro de 2013, funciona de forma ininterrupta – 24 horas por dia, sete dias por semana.

“Quando estávamos implantando o Samu, a estimativa era que o serviço fosse salvar 700 vidas por ano na região, mas esse número vem se mostrando bem superior”, avalia a coordenadora do Consório Regional da Rede de Urgência e Emergência do Sudoeste do Paraná (Ciruspar), que mantém o Samu, Kelly Cristine Custódio. Ela fez parte da elaboração do projeto de implantação do Samu no Sudoeste, que começou em 2009, e hoje está à frente do consórcio que administra o serviço na região.

Criado em 2004 pelo governo federal, o Samu se baseou no modelo francês de atendimento móvel a urgências e emergências. Primeiro foi implantado em capitais e, depois, veio a expansão para o interior do País, buscando criar uma rede segmentada para estes casos. Antes dele, eram as próprias prefeituras que atendiam casos clínicos e traumas que precisavam de uma atenção rápida e especializada antes de ir para o hospital.

Estruturando o serviço
Entre o projeto e o início dos atendimentos, foram quase quatro anos de estruturação do serviço. A Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná) centralizou os debates, sempre em conjunto com as regionais de Saúde, prefeituras e outras entidades e órgãos da área. O consenso para a criação de um consórcio ocorreu em 2011.

“Uma comitiva foi conhecer como funcionava o Samu na região de Montes Claros [MG], e quando viemos de lá ficou muito nítido o formato mais viável para o Sudoeste: um Samu sem fronteiras entre os municípios, universal à população e com um modelo de financiamento justo”, relembra Kelly. No fim do ano, o consórcio estava formalizado e iniciou os processos seletivos para contratações, a organização das bases e licitações de insumos e materiais. As ambulâncias, denominadas de unidades móveis, já haviam chegado.

Antes de ir a campo, as equipes receberam quatro meses de treinamento. E esse vem sendo um dos focos do serviço até hoje, já que uma das motivações para criação do Samu foi o estabelecimento de protocolos para atender as vítimas. Na prática, isso garantia procedimentos padronizados conforme cada caso, garantindo melhores chances de sobrevivência, reduzindo o tempo de internação e diminuindo eventuais sequelas. Para o SUS, investir no atendimento pré-hospitalar significa ter um paciente que se recupera mais rápido e de forma adequada.

Samu se especializou
Quando foi implantado, o Samu possuía dez bases de atendimento, com unidades móveis e equipes 24h. Elas foram escolhidas de forma estratégica para garantir agilidade no chamado tempo resposta dos atendimentos. Mais recentemente, três novas bases foram criadas e há integração com o suporte dado pelo Siate (Corpo de Bombeiros) para casos de resgate e salvamento.

Além da ampliação das equipes, o serviço também se especializou. Ambulâncias são equipadas com insumos e aparelhos que garantem atendimento rápido e certeiro, como o medicamento para dissolução de coágulos – até então só disponível em alguns hospitais – e aquecedor de soro para garantir resposta mais rápida do organismo.

Ainda há a melhoria que nem sempre é tão visível. “Nós buscamos fortalecer muito a atuação dos profissionais do Ciruspar por meio de treinamentos e avaliações constantes. E isso vem elevando muito a qualidade do atendimento do Samu”, destaca Kelly, que cita também a indicação do Ciruspar como o segundo consórcio público mais transparente no Estado, segundo o Tribunal de Contas.

Fonte e foto: Leandro Czerniaski/Jornal de Beltrão

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Julio Cesar Alves

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