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Micro de Francisco Beltrão é responsável por todos os casos de dengue no Sudoeste

Há exatos 90 dias do início do novo período epidemiológico de dengue no estado do Paraná, a região Sudoeste já contabiliza 18 casos da doença, sendo um considerado como dengue grave (DG). Em comparação com os últimos quatro anos, esse é o maior índice registrado na região, no mesmo intervalo de tempo.

De acordo com dados do informe emitido pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), na terça-feira (20), todos os 18 casos são apontados na microrregião de Francisco Beltrão, que, historicamente, é a responsável por, pelo menos, 80% do total de casos em todo Sudoeste.

Conforme Ivana Lúcia Belmonte, coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, mesmo que o Paraná esteja em um período de baixa circulação viral, é necessário intensificar as medidas de prevenção ao Aedes Aegypti. “As regiões Norte, Oeste e Sudoeste são de alta circulação viral, pois existem condições propícias para isso. Por isso, é necessário que todos os municípios tomem o cuidado para evitar um risco de epidemia, nessas regiões que já são endêmicas [ou seja, onde a dengue se manifesta com frequência”, explicou.

Dengue e tratamento de esgoto
A falta de um saneamento básico completo também contribui para a proliferação de dengue, pois, como explica Ivana, os respiros das fossas são um dos principais criadouros do mosquito transmissor da doença. “Então, ela [a fossa] precisa estar muito bem vedada e o respiro tem que ser de tela, como também em poços, porque mesmo que tenha uma tampa, se tiver uma fresta, o mosquito entra e ai, aquele ambiente acaba se tornando um grande criadouro.”

Entre os 42 municípios do Sudoeste, apenas 17 possuem o correto tratamento de esgoto, ou seja, já não utilizam, em sua totalidade, fossas sépticas. Os dados são da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Municípios pequenos
Os dados populacionais, de acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, interferem tanto no grau de incidência da dengue quanto na capacidade de combate e controle da doença. Pois, segundo ela, um município pequeno tem muito mais possibilidades de fazer uma força tarefa em conjunto com todos os moradores para eliminar possíveis criadouros do que um município com índice populacional elevado.

No Sudoeste, conforme estimativa populacional liberada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em agosto deste ano, 22 dos 42 municípios da região possuem menos de dez mil habitantes, ou seja, são de pequeno porte. Outros 16 contam com uma população que varia de 10 mil a 20 mil habitantes, enquanto que apenas quatro municípios — Dois Vizinhos, Palmas, Pato Branco e Francisco Beltrão — contabilizam de 40 mil a cerca de 92 mil moradores.

Entre os pequenos municípios da região, a grande maioria é pertencente a micro de Francisco Beltrão. Tendo em vista que a regional é a que possui, além da maior incidência da dengue no Sudoeste, a que mais abrange municípios na região [27], uma possível solução para a diminuição dos casos neste período epidemiológico seria, como aponta Ivana, que os municípios, principalmente os menores, organizem estratégias para evitar o Aedes. “Além disso, o município deve fazer o bloqueio de todos os casos notificados que, na prática, é a buscativa de criadouros em um raio de 150 metros de onde existe um contaminado e também precisa fazer o bloqueio de casas e buscativa de outros sintomáticos”.

Fonte: Diário do Sudoeste

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