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Entidades da agricultura familiar fazem atos públicos para alertar sobre prejuízos

As lideranças da agricultura familiar promoveram, ontem, atos públicos nas cidades de Barracão/Dionísio Cerqueira, Candói, Cascavel, Coronel Vivida e Francisco Beltrão, para mostrar à sociedade que os pequenos produtores rurais estão sofrendo com a estiagem. O manifesto demonstrou insatisfação com os governos estadual e federal diante dos prejuízos para as pequenas propriedades rurais.

Em Beltrão, a manifestação aconteceu de manhã, em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Sintraf), na Cango, com discursos de lideranças do segmento, e pouco depois houve a interrupção do trânsito, por pouco tempo, da Avenida General Osório e da Rua Bela Vista. Vários veículos ficaram parados enquanto o pessoal discursava e mostrava faixas e cartazes em protesto. O ato público foi organizado pela Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), CCA – Paraná, União das Cooperativas da Agricultura Familiar (Unicafes – PR), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar -PR (Fetraf-PR), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Movimento pelos Atingidos por Barragens (MAB) e MMC.

Pautas do movimento
André Roberto Mocelin, diretor-financeiro da Unicafes – PR,disse que a pauta de reivindicações está voltada para os governos estadual e federal. “Uma é a questão do Governo do Estado, que são as políticas de proteção ambiental. Acreditamos que um dos motivos da estiagem atual está ligado com os problemas ambientais; também tem a questão do programa de auxílio emergencial para a agricultura familiar; a identificação e fomento para os agricultores que não acessaram recursos públicos, muitos não acessaram pra fazer o plantio das safras, neste ano de 2021; e a assistência técnica e extensão rural.”

Bolsa Estiagem
Em relação ao governo federal, André citou quais as reivindicações: “O programa da bolsa estiagem emergencial, como ela foi muito rigorosa, precisamos que o governo ajude esses agricultores a superar o momento difícil; também a política emergencial de garantia da produção de leite na agricultura familiar e camponesa, é extremamente importante pra esse segmento que tem uma força muito grande no Sudoeste do Paraná; a garantia no abastecimento de milho pela Conab, porque ela precisa retomar os estoques reguladores; a repactuação das dívidas dos agricultores, o pessoal está com dificuldade de sanar suas dívidas, e precisam continuar financiando, os que fazem isso, hoje, mas dependem da repactuação; a manutenção do Proagro como política pública, garantia dos recursos, que é o seguro da agricultura familiar conquistado com muita luta e sempre tem a manutenção; a continuidade do seguro renda, o PGPAF com políticas e recursos públicos, que é o programa de garantia dos preço para a produção, e a implementação com urgência da Lei Assis Carvalho”.

Diálogo com as autoridades
Sobre as negociações com os dois níveis de governo, André adiantou como elas estão. “Pro Governo do Estado já foi aberto um processo de negociação, já tem uma comissão de todas as organizações que compõem essas mobilizações. A gente espera, na próxima semana, conseguir avançar, estamos fazendo um levantamento de dados, dos impactos que tem gerado a estiagem e a partir daí vamos apresentar pro Governo do Estado.” Em relação ao governo federal, André disse: “Ainda não conseguimos uma agenda com a ministra da Agricultura ([Teresa Cristina], inclusive foi uma agenda negada por ela, que só quis atender os parlamentares, não quis atender as lideranças dos agricultores”.

Prejuízos no campo
Conforme o diretor da Unicafes, os prejuízos no setor rural são imensos. “A grande maioria das propriedades pequenas estão aí, com até 50% de perda. Já tem perdas maiores que isso, não temos dados técnicos ainda, reais, mas logo os órgãos do Governo do Estado estarão liberando essas informações.” Após estas manifestações, as entidades vão buscar informações sobre as perdas, avaliar e definir quais os próximos passos que serão dados para encaminhar as pautas às autoridades com vistas às conquistas.

Fonte e foto: Jornal de Beltrão

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