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Em confecções, Sudoeste está entre os mais importantes do Paraná

03/10/2025
às09:27
Silvonei Casarim
Foto: Jornal de Beltrão

O setor de indústrias de confecções no Sudoeste do Paraná remonta aos primeiros alfaiates e alfaiatarias. A partir dos alfaiates que atuavam nas décadas de 1960 e 1970 é que surgiram as primeiras indústrias de confecções em Francisco Beltrão (Raffer), Ampére (Krindges), Dois Vizinhos (Latreille), entre outras. O legado dos alfaiates acabou se tornando uma tendência na região, que hoje se destaca principalmente pela produção de moda masculina – 90% da produção.

Nos últimos anos, no entanto, as indústrias estão diversificando suas linhas de produção, atuando também nos segmentos jovem e casual. O segmento se tornou o quarto mais importante no Estado e o segundo na indústria de transformação no Sudoeste.

Hoje, o segmento conta com 313 indústrias de pequeno, médio e grande portes. Porém, são 212 CNPJs ativos. Há 40 anos havia apenas 23 dessas unidades fabris. Há indústrias em pelo menos 15 municípios do Sudoeste do Paraná. Mas a atividade se destaca principalmente com mais indústrias nos municípios de Ampére, Capanema, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Marmeleiro, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste e Santo Antônio do Sudoeste.

As indústrias com marca própria somam 35%, de facção 55% – destinam sua produção para outras indústrias ou redes de varejo brasileiras – e as private labor são 10% – aquelas que produzem a marca de terceiros.

As indústrias do Sudoeste fabricam, em maior quantidade, calças (jeans, sarja e social), bermudas e camisas, além de blazer e paletós/ternos.

Apesar de todos os percalços da economia brasileira e das importações de produtos de outros países, as indústrias de confecções do Sudoeste representam 15% do setor no Paraná. Nos últimos quatro a cinco anos o crescimento médio do segmento se manteve na faixa de 5%. O segmento de confecções também é importante gerador de empregos, com uma média de 7.500 vagas/ano e correspondendo a cerca de 14% do setor industrial da região.

As empresas que mais geram empregos em confecções são as de Ampére, com uma média de 1.225 postos de trabalho, e de Santo Antônio do Sudoeste, com 1.084 vagas.

Mulheres são maioria

As mulheres são maioria nas indústrias de confecções. Nos últimos anos, devido à escassez de mão de obra, as empresas estão investindo em mais equipamentos automatizados nos segmentos de corte, passadoria, lavanderia e acabamento das peças. A fase seguinte à automação será a inclusão da inteligência artificial (IA) no sistema de produção.

APL e Sinvespar contribuiram para dar impulso ao setor

Com a implantação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Moda Masculina, no começo da primeira década do novo século, muitas empresas conseguiram melhorar seus sistemas de gestão e produção. A criação do Sindicato das Indústrias de Confecções do Sudoeste do Paraná (Sinvespar), em 1992, em Francisco Beltrão, ajudou a dar um impulso no segmento e assessoria às empresas e empresários.

Parte dos produtos fabricados na região são comercializados pelas lojas do Sudoeste, mas a maioria é destinada a outras empresas de várias regiões brasileiras e até para o exterior. A produção anual de peças está estimada em 8.700.000, sem distinção de tipos de produtos que são fabricados.

Uma região que produz muitos produtos da moda masculina

A região Sudoeste é reconhecida como Arranjo Produtivo Local Moda Masculina (90% produção/vendas). Por isso, tornou-se a principal produtora no Sul do Brasil e uma dos principais do Brasil em ternos, atualmente comercializados por quatro indústrias de pequeno e médio porte.

Segundo o último estudo realizado pelo Sindicato das Indústrias de Confecções do Sudoeste do Paraná (Sinvespar), 65% dos produtos fabricados na região têm como principal canal de distribuição o mercado atacadista (lojas multimarcas).
Este mercado está dividido entre todas as regiões do Brasil, destacando-se a região Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) e os estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

As vendas on-line – e-commerce – apresentam pequena expansão, através de marketplace e com as lojas virtuais próprias (menos de 2%).

A produção sudoestina, de algumas indústrias, já está chegando a outros países. No Paraguai há venda e distribuição direta por duas empresas e indiretamente através de distribuidores na fronteira (Foz Iguaçu) com três empresas.

Em menor escala ocorrem vendas para o Uruguai e outra marca da região tem distribuição nos outros três países do Mercosul.

Até meados dos anos 2000, as indústrias especializadas em terceirização tinham como foco 80% da capacidade produzida destinadas para o Estado de São Paulo. Porém, com o crescimento das indústrias que produzem marcas próprias e pela excelência em qualidade na costura e acabamento, esse percentual se inverteu, sendo o principal mercado a própria região e para Santa Catarina (moda malha, camisaria e jeans).

No sistema de private labor há indústrias do Sudoeste que produzem para grandes cadeias de redes de varejo. Inclusive, neste segmento, há empresas que detêm concessão de grandes marcas esportivas.

Fonte: Jornal de Beltrão

Foto de Silvonei Casarim

Silvonei Casarim

Redator/Locutor

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