No ano passado, uma transexual de Pato Branco, identificada como Roberta, foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio, em que foi vítima Valdecir Missel, conhecido popularmente como “Tatu”. A acusada foi detida poucas horas após o cometimento do crime. A prisão ocorreu em santa Catarina e foi feita pela Polícia Rodoviária Federal. Após mais de um ano do crime, foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa, e a acusada foi absolvida sumariamente no último dia 09 de agosto. Com isso, não precisará passar pelo julgamento no Tribunal do Júri como normalmente ocorre.
O juízo da Comarca de Pato Branco acolheu a tese de que houve legítima defesa por parte da acusada, sendo que o próprio Ministério público mudou de opinião após o decorrer do processo, entendendo a mesma tese defensiva.
A defesa conseguiu comprovar no decorrer do processo que a vítima foi até a casa da acusada com facão em mãos para tentar matá-la, e que ao efetuar os disparos, a transexual não utilizou todas as munições disponíveis e que não possuiu intenção de matar, apenas de se defender. Também foi comprovado que a motivação que teria levado a vítima procurar a acusada, foi por ter “tomado as dores” de outra transexual com quem Valdecir estava se relacionando. A acusada teria se desentendido com essa transexual após ela chegar na cidade, pois alguns roubos feitos começaram ocorrer e a acusada desconfiava que fosse ela a autora.
A sentença de absolvição foi publicada dia 09 de agosto e o prazo de recurso para a acusação já se encerrou. Atuaram no caso como advogados de defesa, Camila Valduga e o Nathan Casagrande, ambos da cidade de Pato Branco.
Fonte: Evandro Artuzi/Portal RBJ/Extra FM – Foto: Altair Melo/Rádio Itapuã