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21 de novembro de 2024 06:27

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Técnico de enfermagem vira réu por abuso sexual de pacientes em Curitiba

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Silvonei Casarim
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Foto: Reprodução

técnico de enfermagem Wesley da Silva Ferreira, de 25 anos, virou réu por abusar sexualmente de pacientes em Curitiba. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), Wesley também produziu conteúdo pornográfico com uma criança de quatro anos. Relembre caso abaixo.

A denúncia aceita pela Justiça na quarta-feira (13) é relativa à prática de estupro de vulnerável, perigo de contágio de moléstia grave, registro não autorizado de intimidade sexual, produção de conteúdo pornográfico envolvendo criança, armazenamento de conteúdo pornográfico infantil e lesão corporal grave pela transmissão de HIV.

Em nota, a defesa de Wesley informou que a criança passou por uma cirurgia na região genitália e que a foto atribuída como armazenamento e compartilhamento de conteúdo pornográfico infantil, se trata de uma foto profissional que foi solicitada pela enfermeira responsável pelo plantão naquela data.

A defesa não comentou sobre as demais acusações.

O técnico de enfermagem foi preso no dia 29 de outubro, e, à polícia, confessou ter abusado de cinco homens. Ele disse ter Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e que assumiu o risco ao abusar das vítimas mesmo sabendo do risco de contágio.

À Polícia Civil do Paraná (PCPR), o homem confirmou que as vítimas estavam sedadas durante os abusos e que filmava os atos porque “tinha vontade”.

A denúncia do MP-PR relata abusos cometidos contra seis vítimas entre novembro de 2023 e outubro deste ano. A polícia confirma que quatro delas foram identificadas, sendo uma delas já falecida.

Na denúncia, o Ministério Público também aponta um ex-companheiro como vítima de Wesley, uma vez que ele foi contagiado com o vírus do HIV ao manter relação sexual sem preservativo com o técnico de enfermagem.

Segundo a denúncia, a vítima não sabia da condição de saúde do técnico.

Vítimas sedadas

Segundo a polícia, em dois casos, os pacientes foram estuprados inconscientes, pois tinham sido medicados.

As vítimas estavam internadas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Industrial de Curitiba. Nas outras duas situações, Wesley tirou foto dos pacientes nus, no Hospital Santa Cruz, através de câmeras de segurança, segundo a polícia.

As outras três pessoas ainda não foram identificadas, mas as imagens foram encaminhadas ao Instituto de Identificação do Paraná para reconhecimento facial.

A delegada Aline Manzatto, que conduziu as investigações, disse que algumas vítimas são usuárias de drogas e pessoas em situação de rua.

Relembre o caso

Segundo a polícia, o técnico de enfermagem registrava vídeos e fotos das vítimas no próprio celular.

Wesley foi denunciado à polícia depois que o companheiro dele encontrou os vídeos que gravou dos abusos. Ele, que desconfiava de traições, pegou o celular de Wesley encontrou os vídeos de abuso às vítimas.

O homem, então, procurou uma amiga para denunciar a situação e levar o caso até a polícia.

Na casa do técnico, foram encontrados medicamentos desviados de outros hospitais, entre eles, um analgésico forte que pode ser usado como entorpecente.

Em depoimento à polícia, Wesley disse que as vítimas estavam sedadas e que os abusos aconteceram apenas na sala de estabilização da UPA – local em que ficam pacientes com risco de perder a vida ou algum órgão.

Ele negou ter cometido abusos em outros hospitais e a existência de mais vítimas.

Porém, durante a investigação, os policiais encontraram fotos de câmeras do circuito interno de segurança do Hospital Santa Cruz, em que Wesley trabalhou de 2020 a 2023. Nas imagens, as vítimas estão no quarto do hospital com as partes íntimas à mostra.

O que dizem as instituições onde o técnico trabalhou

Na última sexta-feira (8), a Prefeitura de Curitiba informou que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) entrará em contato com todas as potenciais vítimas que se apresentem, para orientação e realização do protocolo clínico com testagem e diretrizes terapêuticas de pós-exposição de risco à infecção pelo HIV, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e hepatites virais.

Disse ainda que está realizando um minucioso trabalho administrativo de apuração em relação aos 134 dias de plantão do técnico de enfermagem na UPA CIC, cruzando escala de trabalho, com registro de ponto e prontuário de pacientes atendidos.

O Hospital Santa Cruz informou que abriu uma sindicância interna para avaliar o caso e reforçou que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

O Hospital Pequeno Príncipe optou por não se pronunciar sobre o caso.

Fonte: G1

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Silvonei Casarim

Jornalista/Locutor

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