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26 de dezembro de 2024 11:00

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Sem custódia de presos, Polícia Civil do Paraná aumenta em 463% número de operações

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Julio Cesar Alves
Foto: Agência Estadual de Notícias

Em janeiro de 2019, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) detinha quase 12 mil presos sob sua custódia, o maior contingente do Brasil. A resolução dessa situação que causava distorções graves na estrutura da segurança pública era uma das principais demandas da sociedade naquele momento. Com o tempo, a gestão que assumiu naquele mês intensificou a retirada dos presos das delegacias, chegando a 2024 com a situação totalmente equacionada, novos presídios entregues e o mais importante: policiais civis dedicados à sua função constitucional.

O principal resultado prático dessa ação é que o Paraná deixou a última posição no ranking nacional de solução de homicídios e alcançou a primeira posição em 2020, segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz. A medida também permitiu que o número de operações contra o crime organizado aumentasse 144% já em 2019, indo de 94 em 2018 para 230 operações naquele ano. Na comparação com 2023, ano com 530 operações, o crescimento é ainda mais expressivo: 463%.

Com o fim da custódia de presos, os policiais civis passaram a se dedicar exclusivamente às atividades de polícia judiciária, especialmente às investigações e ações de repressão qualificada, o que aumentou os índices de solução de crimes complexos. A essa medida se somou outras iniciativas como contratação de novos policiais civis, reformulação da carreira e construção/reforma de novas delegacias.

“É um cenário antes e depois. No dia a dia vemos nossa instituição mais capacitada, moderna e com melhores condições de trabalho para nossos policiais civis, o que se reflete em um serviço de excelência prestado aos paranaenses”, destaca o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach. “O governador Ratinho Junior transformou um problema histórico em uma oportunidade de modernização da nossa Polícia Civil. O Paraná hoje é referência nacional em investigação criminal, mesmo nos casos mais complexos, colocando um fim na impunidade”.

Em 2018, antes do fim da custódia de presos pela PCPR, o Paraná apresentava o pior percentual de resolução de homicídios do Brasil, com 12%, segundo o relatório “Onde Mora a Impunidade”. No ano seguinte (2019), com a intensificação promovida pelo governo estadual, o percentual saltou para 49%, ultrapassando a média nacional de 35% de esclarecimento de homicídios, colocando o Estado na sétima posição. Em 2020, o percentual de crimes violentos letais elucidados aumentou para 78% e se manteve muito perto (76%) em 2021.

Esses indicadores foram classificados pela pesquisa como de alto desempenho, posicionando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional de resolução de homicídios, de forma consecutiva. No Rio Grande do Norte, que fecha o levantamento, o índice é de apenas 9%. A média nacional está em 35%.

Dados internos da PCPR mostram que a elucidação de homicídios segue crescendo, tendo atingido 84% em 2023. Os índices paranaenses superam consideravelmente a taxa de esclarecimento de homicídios de países como os Estados Unidos, que tem uma efetividade de 54%.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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Jornalista

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