Polícia Civil esclarece homicídio de Éverton Zanata e suspeito alega legítima defesa

A Polícia Civil do Paraná, por meio da 19ª Subdivisão Policial de Francisco Beltrão, esclareceu o homicídio que vitimou Éverton André Zanata, 50, ocorrido neste segunda-feira, 24, na Rodovia PR-483, região da Linha Gaúcha, em Francisco Beltrão. O fato ocorreu por volta das 8h.

Logo após o fato, equipes da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar e da Polícia Científica, deslocaram-se ao local, onde foi realizada a perícia e colhidos os primeiros elementos. As diligências permitiram identificar que a vítima seguia na rodovia em um automóvel BMW, na companhia de sua namorada. Após um desentendimento no trânsito com o condutor de uma caminhonete, ambos os veículos pararam em razão de um bloqueio viário. Segundo a Polícia Civil, Éverton desembarcou, dirigiu-se até a porta do motorista da caminhonete, desferiu chutes na porta e quebrou o vidro do veículo, momento em que acabou alvejada por um disparo de arma de fogo, na região do torax.

Em continuidade ao trabalho de investigação, equipes da Polícia Civil identificaram o veículo utilizado no crime — uma Caminhonete, que foi localizada e apreendida na cidade de Ubiratã/PR, Oeste do Estado, com apoio da Polícia Civil local. Durante as diligências, também foi apreendida a arma utilizada no fato, uma pistola Glock, calibre 9 mm, a qual passará por exames periciais.

Todos os ocupantes dos veículos envolvidos, bem como testemunhas presenciais, foram ouvidos e confirmaram que a vítima se aproximou do veículo do suspeito, quebrou o vidro da porta do condutor, tendo sido atingida pelo disparo logo em seguida. O suspeito apresentou-se espontaneamente, acompanhado de advogado, e afirmou ter agido em legítima defesa. Sua versão será confrontada com os elementos técnicos, testemunhais e periciais reunidos ao longo da investigação.

Também foi ouvido o condutor de um segundo veículo, com o qual Everton igualmente se envolveu em um desentendimento de trânsito na mesma rodovia, em momento anterior ao fato principal.

O inquérito policial prossegue com a realização de diligências complementares, análise pericial da arma e do veículo, bem como a avaliação dos laudos produzidos pelo Instituto Médico-Legal e pela Polícia Científica. Nos próximos dias devem ser concluídas as investigações e remetidas para apreciação do Ministério Publico e Poder Judiciário.

Éverton era músico desde criança, morava em Marmeleiro, onde seu corpo está sendo velado.

O delegado, Anderson Andrei Grosso, da 19ª SDP falou sobre o caso:

Fonte: Polícia Civil