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Parceria entre UFFS e IFPR desenvolve projeto de monitoramento participativo de rios

Uma parceria entre a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza e o Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Capanema está incentivando estudantes da região a monitorar a qualidade da água de rios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Baixo Iguaçu. Através da análise de parâmetros físicos, químicos e biológicos da água, o projeto busca estimular a preservação ambiental, a importância do uso racional da água e a formação de novos multiplicadores.

Uma das primeiras atividades do projeto foi realizar o monitoramento piloto em riachos urbanos e rurais na rede hidrográfica do município de Capanema, especificamente na bacia do Rio Capanema e Rio Santo Antônio. Os bolsistas e voluntários do projeto coletaram caracóis, caranguejos, larvas de insetos, entre outros organismos considerados bioindicadores. O grupo também realizou as análises físicas e químicas no local utilizando kits colorimétricos.

A professora da UFFS Gilza Maria de Souza Franco, uma das coordenadoras do projeto, comenta que, para além das análises físicas e químicas, a qualidade da água é também avaliada através da presença ou ausência de espécies de invertebrados aquáticos. “Esse é um bioindicador importante de qualidade, sendo os organismos categorizados como sensíveis, tolerantes e resistentes. A presença de grandes quantidades de organismos sensíveis e até mesmo de tolerantes na água indicam baixa degradação do ambiente e uma boa qualidade de água. Porém, a presença excessiva de organismos resistentes é uma indicação preocupante e confirmam a degradação e poluição do local”, explicou.

Ainda de acordo com Gilza, o projeto recebeu o nome de Icatu, termo de origem tupi-guarani que significa “águas boas”. “A ideia reflete a importância da qualidade da água não apenas para o consumo humano, mas para todos os ecossistemas”, comentou.

Para a professora do IFPR Sara Regina Sampaio de Pontes, que também atua na coordenação do Projeto Icatu, o monitoramento participativo de rios oportuniza a vivência e a compreensão de aspectos importantes da ciência pelos estudantes e cidadãos. “Ao terem contato com o processo de construção do conhecimento científico, além de desenvolver habilidades importantes, os voluntários podem olhar de uma forma metodológica para um objeto e desenvolver seu pensamento crítico. Muito mais do que produzir dados, vamos conseguir engajar pessoas na construção de uma rede que se preocupa com a qualidade dos corpos d’água na região”, destacou.

O Projeto Icatu também tem como objetivo treinar novos agentes para que a experiência de monitoramento seja replicada em outros municípios da região. Interessados podem enviar e-mail para icatuprojeto@gmail.com e solicitar o agendamento de palestras e cursos sobre o tema. No perfil no Instagram @projetoicatu é possível encontrar outras ações desenvolvidas pelo projeto.

De acordo com as coordenadoras, os dados coletados serão sistematizados e analisados de forma comparativa a fim de gerar um diagnóstico dos pontos monitorados. “Temos a intenção de levar esses diagnósticos às prefeituras e, assim, poder discutir com a comunidade e a gestão pública formas de remediar, recuperar e manejar esses ambientes, visando a melhoria da qualidade da água e da qualidade de vida das pessoas e dos organismos que dependem desses ecossistemas”, enfatizou Gilza.

Fonte e foto: Assessoria UFFS

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