Laboratório de Biologia de Tumores da Unioeste vence prêmio de inovação

O Laboratório de Biologia de Tumores (LBT), vinculado ao curso de Medicina da Unioeste, campus de Francisco Beltrão, foi premiado nesta semana com uma das maiores honrarias da pesquisa científica em oncologia do país. O grupo conquistou o 1º lugar na categoria Inovação em Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer na 5ª edição do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer, entregue em cerimônia na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.

O trabalho vencedor, intitulado “Toxicovigilância da Exposição Ocupacional Crônica aos Agrotóxicos em Mulheres do Campo do Sudoeste do Paraná”, é coordenado pela professora doutora Carolina Panis, responsável pelo LBT. O projeto monitora mulheres expostas a agrotóxicos e desenvolve ações educativas para prevenção de contaminações, incluindo o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) e oficinas realizadas nos 27 municípios da 8ª Regional de Saúde, com destaque para Francisco Beltrão.

O segundo lugar ficou com o projeto “Inteligência artificial para o combate ao câncer da detecção precoce à personalização do tratamento”, de Alexandre Chiavegatto Filho (USP). Em terceiro lugar, foi reconhecida a iniciativa “Recomendações Brasileiras de Atividade Física para Prevenir e Controlar o Câncer”, desenvolvida por 13 pesquisadores de diferentes instituições, entre elas a Universidade Estadual de Londrina (UEL), o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, destacou o papel do prêmio na valorização da ciência brasileira. “O Prêmio Marcos Moraes reconhece não apenas a excelência científica, mas também o propósito social por trás de cada iniciativa. São projetos que unem pesquisa, sensibilidade e compromisso com a vida. Celebrar essas conquistas é reafirmar que a inovação é uma ferramenta essencial para transformar realidades e construir um futuro mais saudável”, afirmou.

Reconhecimento
A professora Carolina Panis ressaltou a importância do reconhecimento nacional e o impacto do trabalho desenvolvido na região. “Fomos finalistas em 2023, quando ficamos em terceiro lugar, e agora conquistamos o primeiro. Concorríamos com projetos de ponta e fomos campeões. O mais importante é ver o resultado das ações de prevenção e educação que realizamos desde a pandemia, mostrando que levantar o problema não basta — é preciso agir”, afirmou.

“Fazemos oficinas nos municípios, mostramos os dados e ensinamos as mulheres a manusear roupas contaminadas sem se expor, além de fornecer EPIs. Também coletamos amostras de urina antes e depois do uso de luvas, e comprovamos que o uso correto reduz até dez vezes a contaminação. É um projeto muito bonito, e essa premiação chega num momento especial, quando o LBT completa 10 anos”, completou.

Fonte: jornal de Beltrão