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21 de dezembro de 2024 15:22

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Pandemia aumenta riscos de intoxicação infantil

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Julio Cesar Alves

A Secretaria de Estado da Saúde chama a atenção de pais, responsáveis, cuidadores e professores para a prevenção ao envenenamento infantil, perigo que fica ainda maior durante a pandemia, com as crianças mais tempo em casa. As intoxicações na infância representam 18% do total de casos registrados no Paraná.

Além de envenenamento por ingestão de medicamentos, muitas crianças experimentam como materiais de limpeza, inseticidas, raticidas e cosméticos.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça a necessidade de atenção para evitar esse tipo de acidente. “Os medicamentos têm cores e formas que se assemelham aos doces e isso é um risco potencial para a intoxicação infantil. O cuidado nesse momento de reclusão em casa é ainda mais importante”.

Os acidentes com as crianças de zero e quatro anos correspondem ao maior número de intoxicações infantis, representando 77% dos casos. O local mais frequente para a exposição ao produto tóxico é a própria residência, com 90% dos acidentes, o que indica que os agentes causadores ficam em locais acessíveis às crianças dentro de suas próprias casas. A contaminação ou exposição acidental representa 79% das intoxicações infantis notificadas.

Ambientes de convivência coletiva, como escolas ou creches, merecem atenção especial. Assim como em casa, o estabelecimento deve garantir que todas as substâncias que trazem risco de intoxicação devem ser armazenadas em locais seguros aos quais apenas pessoas autorizadas tenham acesso.

PRODUTOS – Os medicamentos são os maiores causadores de intoxicações infantis, com 45,5% das notificações. A apresentação (tamanho, forma e cor) dos medicamentos, associada ao acesso fácil das crianças em casa, corrobora para o grande número de ocorrências deste tipo de intoxicação. Eles têm aspecto atrativo e muitos são semelhantes a balas e doces, além de apresentarem um sabor agradável.

Em seguida, os produtos de uso domiciliar para limpeza são causadores de 16% dos casos. Da mesma forma, o acesso e a apresentação despertam a curiosidade infantil. Alguns são clandestinamente comercializados em garrafas PET, o que pode associá-los a sucos e refrigerantes.

Produtos químicos, raticidas, agrotóxicos, plantas tóxicas e cosméticos também aparecem como causadores de intoxicação.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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