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Paraná reforça alerta no Dia Nacional de Prevenção às Arritmias e à Morte Súbita

12/11/2025
às16:07
Silvonei Casarim
Foto: SESA

Os números mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) acendem um sinal de alerta sobre as arritmias cardíacas e as mortes súbitas. Apenas em 2025, essas condições foram responsáveis diretas por 698 óbitos no estado, colocando o tema entre as principais preocupações de saúde pública.

O infarto, segunda principal causa de morte no Paraná com 3.145 registros, também está intimamente ligado às arritmias, conforme explicam cardiologistas. Essas alterações no ritmo cardíaco representam um risco elevado não apenas para quem já enfrentou um infarto ou tem doenças cardíacas, mas também para toda a população. Em muitos casos, as arritmias podem levar à parada cardíaca e, consequentemente, à morte súbita.

O cenário paranaense reflete a situação nacional. Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), entre 250 e 300 mil brasileiros morrem subitamente a cada ano em decorrência de arritmias. A data de 12 de novembro, instituída como o Dia Nacional de Combate às Arritmias e à Morte Súbita, busca justamente ampliar a conscientização sobre a gravidade do problema e incentivar ações de prevenção.

“O Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e da Morte Súbita é uma oportunidade para reforçar a importância da conscientização sobre essa condição. Com educação e prevenção, muitas vidas podem ser salvas, já que a morte súbita pode ser evitada com intervenções adequadas e conhecimento dos fatores de risco”, afirmou o secretário de estado de Saúde, Beto Preto.

Um dos fatores que mais agravam os casos é a ocorrência das arritmias fatais fora do ambiente hospitalar. De acordo com dados da Sobrac, cerca de 95% das mortes súbitas acontecem longe de unidades de saúde, o que dificulta o atendimento imediato, que é um ponto crucial para a sobrevivência.

A idade também é um fator determinante. Enquanto, entre jovens, a incidência é de 1 caso a cada 100 mil pessoas, o número sobe para 50 por 100 mil acima dos 50 anos e chega a 200 por 100 mil, após os 80.

QUANDO O CORAÇÃO PARA – A morte súbita é um evento inesperado e geralmente fatal, causado por arritmias graves como a fibrilação ventricular, uma condição em que o coração perde a capacidade de bombear sangue de forma adequada. O colapso é rápido e a perda de consciência ocorre em segundos. Sem socorro imediato e uso de um desfibrilador, as chances de sobrevivência são mínimas.

Os sintomas mais comuns das arritmias incluem palpitações, tonturas, desmaios, falta de ar, dores no peito, sudorese e palidez. No entanto, muitos pacientes são assintomáticos e em alguns casos a morte súbita é a primeira e única manifestação do problema.

A prevenção é o caminho mais eficaz. Isso inclui o controle de fatores de risco, como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Segundo a Sesa, grande parte dos casos está associada a doenças cardiovasculares que podem ser evitadas ou controladas com diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo na Atenção Primária à Saúde (APS).

O Governo do Estado tem reforçado o papel das unidades básicas de saúde como principal porta de entrada para consultas, exames preventivos e orientações sobre alimentação saudável e atividade física. Além disso, programas estaduais de promoção da saúde estimulam hábitos de vida mais equilibrados e o controle de doenças crônicas não transmissíveis.

“É fundamental que as pessoas procurem nossa rede de atenção à saúde para acompanhar o peso, a pressão e fazer exames de rotina. Saber como está o coração, o sangue e a glicose é essencial. Quem se previne, evita situações de urgência”, reforçou Beto Preto.

Fonte: SESA

Foto de Silvonei Casarim

Silvonei Casarim

Redator/Locutor

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