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21 de agosto de 2025 11:09

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Jovem natural de Francisco Beltrão foge da guerra da Ucrânia

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Silvonei Casarim
Foto: Arquivo Pessoal

O paranaense Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos, que havia se voluntariado para lutar na guerra da Ucrânia, fugiu do país após receber ordens para se deslocar para perto da linha de frente. Ele afirma que tentou quebrar o contrato com o governo ucraniano, mas o documento exigia permanência mínima de seis meses. Ele estava no país há três meses. As informações são do G1

Natural de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, o jovem contou que deixou a base militar na madrugada da última terça-feira (12) e caminhou cerca de 20 quilômetros até conseguir carona.

“Quanto mais passavam os dias, mais eu estava perto do front, e chegou uma hora que eu estava no limite. Uma hora eu pensei, ou eu preciso agir, ou pode ser que para onde eu vá não tenha mais volta. Então, comecei a me planejar, a ver rota e decidi ir embora, porque a situação começou a ficar insustentável”, conta Lucas em entrevista exclusiva ao g1.

De acordo com o especialista em Direito Internacional, Pablo Sukiennik, o contrato que Lucas assinou é regido pela lei ucraniana e ele poderá responder por deserção.

O jovem estava no país havia três meses, com a promessa de atuar no trabalho com drones, mas relatou que começou a ser direcionado para o campo de batalha. Segundo ele, o deslocamento até deixar a Ucrânia durou cinco dias, grande parte do trajeto foi feito a pé.

Lucas saiu da região de Kharkiv, no nordeste do país, e passou por Kiev (500 km) e Lviv (550 km) antes de chegar até a fronteira, a cerca de 70 km da última cidade. Foram mais de mil quilômetros percorridos em toda a travessia.

Ele disse que conseguiu algumas caronas nas proximidades de centros urbanos, mas enfrentou dificuldades ao tentar atravessar a fronteira.

“A autoridade conseguiu puxar todos os meus dados, tomei um chá de cadeira, mas no fim consegui atravessar”, diz ele.

Após cruzar a fronteira, o paranaense recebeu um visto de turismo. Ele agora avalia, junto com a família, se retorna ao Brasil ou permanece na Europa.

“Meu futuro aqui é incerto, mas já está melhor do que antes”, disse.

O Itamaraty ainda não se manifestou sobre o caso do jovem.

Fonte: G1

Foto de Silvonei Casarim

Silvonei Casarim

Redator/Locutor

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