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24 de junho de 2025 02:08

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Com 12 mil casos em 2024, Saúde reforça orientações para evitar quedas de idosos

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Julio Cesar Alves
Foto: Agência Estadual de Notícias

Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção de Quedas, celebrado nesta terça-feira (24 de junho), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para os riscos e consequências das quedas entre pessoas idosas e reforça as ações desenvolvidas na rede estadual de saúde para a prevenção desses acidentes. A data tem como objetivo mobilizar profissionais de saúde, gestores, familiares e a sociedade em geral na construção de ambientes mais seguros e na promoção da autonomia da pessoa idosa.

Escorregões, tropeços, passos em falso e episódios de desequilíbrio estão entre as principais causas de quedas em pessoas com mais de 60 anos. Comuns nessa faixa etária, essas ocorrências podem ter consequências graves, como fraturas, internações prolongadas e perda de independência, comprometendo significativamente a qualidade de vida.

Por isso, a Sesa chama a atenção da população, profissionais de saúde e cuidadores para a importância de prevenir esse tipo de acidente, que representa um dos maiores desafios no cuidado com o envelhecimento saudável.

Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde (SIH/SUS), o Paraná registrou 12.024 internações por quedas entre pessoas com 60 anos ou mais, em 2024. Em apenas quatro meses de 2025, já foram contabilizadas 3.914 internações. As mortes também são preocupantes: 425 idosos perderam a vida em 2024 e outros 134 morreram de janeiro a abril deste ano em decorrência dessas ocorrências, principalmente entre pessoas com mais de 80 anos.

Esses eventos também geram grande demanda nos atendimentos de urgência e emergência. Em 2024, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) atenderam 16.985 chamadas por quedas envolvendo pessoas idosas. Até meados de junho de 2025, já foram 8.372 atendimentos, sendo a maioria por queda de mesmo nível – acidentes que acontecem em casa ou em calçadas, sem desníveis ou degraus.

Na Atenção Primária à Saúde (APS), os números também preocupam: foram 3.535 atendimentos por queda em 2024, e 1.435 apenas nos primeiros quatro meses de 2025, o que já representa mais de 40% do total do ano anterior. Entre os cerca de 190 mil idosos cadastrados no Sistema de Informação da Pessoa Idosa no Paraná, mais de 9% relataram ter sofrido duas ou mais quedas no último ano.

Para o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, os dados revelam que as quedas não podem ser tratadas como acidentes isolados. Segundo ele, esses números mostram que a queda não é um acaso, mas sim um evento comum e, muitas vezes, evitável.

“É uma questão de saúde pública com impacto direto na qualidade de vida, na independência e na sobrecarga dos serviços de saúde. A prevenção de quedas é um cuidado coletivo que envolve toda a sociedade: familiares, cuidadores, profissionais de saúde, gestores públicos e as próprias pessoas idosas. Todos têm um papel na construção de um envelhecimento mais seguro e saudável”, afirmou.

Fonte: AEN

Foto de Julio Cesar Alves

Julio Cesar Alves

Jornalista

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